Percepção 48 – Manhã de 19/04/2013

O dia amanheceu com o céu parcialmente nublado e com as ruas e calçadas sequinhas. Diversas nuvens em todos os quadrantes permitindo a visão de apenas alguns trechos de céu azul. Vento moderado de sudoeste, temperatura de 22,1C, às seis e vinte e seis dessa trigésima primeira manhã de outono.

A passarada trouxe seus cantos e trinados para perto da varanda e o bem-te-vi marcou presença ao longe. Bandos de andorinhas e cambaxirras alvoroçaram as copas das árvores da pracinha. Nenhum clique dos meus amigos emplumados nesta manhã.

Na meditação de hoje, de olhos abertos, olhar suave na paisagem mutante, vista através dos vidros da varanda. Depois disso, antes de sair de casa bem cedo para concluir um treinamento iniciado ontem, uma Oficina de Comunicação e Desenvolvimento Pessoal, em uma Universidade, no Rio de Janeiro, fiquei pensando em como gostaria que esse encontro se desse, com cada um dos participantes. E lembrei-me das palavras de Jacob Moreno:

“Um encontro de dois: olho no olho, cara a cara.
E quando estiveres próximo, tomarei teus olhos e os porei no lugar dos meus.
E tu tomarás meus olhos, e os porás no lugar dos teus.
E então, te olharei com teus olhos e me olharás com os meus.”

Eduardo Leal
Fotos de Eduardo Leal

Registro de temperatura

Rua e calçadas secas

Quadrante sudeste

Setor sulsudeste

Setor sulsudoeste

Quadrante sudoeste

Trechos de céu azul

Panoramica

Percepção 40 – Manhã de 12/04/2013

O dia amanheceu novamente com o céu claro e com as ruas e calçadas sequinhas. Mais uma madrugada sem chuva. O vento moderado de sudoeste que tem soprado nas últimas semanas levou para longe a camada de nuvens que se instalou no início da noite de ontem. No céu de azul ainda pálido, só nuvens de altitude ligeiramente cor de rosa iluminadas pelos primeiros raios de sol, em todos os quadrantes. Ar quase parado ao nível do mar, temperatura de 24,1C, às cinco e cinquenta e três dessa vigésima quarta manhã de outono.

As luzes da pracinha ainda estavam acesas, antes das seis horas da manhã, e a luminária iluminava as folhas e flores do algodoeiro. O entregador de jornais já deixou sua carga de informações alarmantes. Oportunidade para a minha “Dieta de Notícias”.

A passarada esteve muito animada desde cedo. Muitos cantos e trinados por todos os lados, quebrando o silêncio da madrugada. Andorinhas, bandos de cambaxirras, sabiás e tico-ticos cruzaram os céus em todas as direções. O canto do bem-te-vi, sempre o primeiro, foi ouvido ao longe e depois bem perto. Ele percorreu a copa do algodoeiro, das amendoeiras e do balançou-se levemente nas folhas do coqueiro. Nenhum clique dessa vez.

Várias folhas secas se desprenderam das amendoeiras, movidas pela brisa da madrugada e da manhã, dando trabalho para os porteiros dos edifícios para manter limpas suas respectivas calçadas e ruas.

Na meditação de hoje, de olhos abertos, olhar suave na paisagem mutante, vista através dos vidros da varanda. Depois disso, durante o período de contemplação e reflexões, após a leitura de “A Lua numa gota de orvalho” com os escritos do mestre Dogen, inspiração para um breve haicai:

passo a passo,
esforço sem desejo,
abro caminho…

Eduardo Leal
Fotos de Eduardo Leal

Registro de temperatura

Rua e calçadas secas

Quadrante sudeste

Ao sul do céu

Quadrante sudoeste

Banco da amendoeira

Iluminado o algodoeiro

Pracinha deserta

Manchetes do jornal

Percepção 37 – Manhã de 11/04/2013

O dia amanheceu novamente com o céu carregado de nuvens cinzentas, mas com as ruas e calçadas sequinhas. Mais uma madrugada sem chuva. Como tem acontecido nos últimos dias, a paisagem foi mudando aos poucos nas primeiras horas de claridade. Inicialmente céu completamente nublado em todos os quadrantes. O vento moderado de sudoeste foi limpando o céu progressivamente e reduzindo a cobertura de nuvens baixas. As nuvens cinzentas foram substituídas por nuvens brancas e grandes trechos de céu azul surgiram por todos os lados. Temperatura de 24,6C, às seis e trinta e seis dessa vigésima terceira manhã de outono.

A passarada esteve muito silenciosa. Só alguns poucos cantos e trinados distantes, nos telhados da vizinhança. O canto do bem-te-vi, sempre o primeiro, só foi ouvido ao longe e pude avistá-lo em uma antena de TV. Um beija-flor azul marinho foi quem se aproximou e pousou na fiação da rua. Desapareceu da minha vista tão rapidamente quanto surgiu.

Correntes térmicas fizeram com que muitas aves pairassem em círculos a grande altitude, às vezes desaparecendo dentro das nuvens. Gaivotas, outras aves aquáticas e urubus economizaram energia enquanto apreciavam a paisagem do alto da manhã.

Um gavião sobrevoou as árvores próximas várias vezes justificando o sumiço da passarinhada. E um gato caçador patrulhou a grama e as folhagens da pracinha. Testemunhei, com espanto, quando ele capturou uma rolinha, em um pequeno arbusto, no terreno ao lado, em início de obras para dar lugar a um novo edifício.

Várias folhas secas se desprenderam das amendoeiras, movidas pela brisa da manhã, enquanto observava a paisagem.

Na meditação de hoje, de olhos abertos, olhar suave na paisagem mutante, vista através dos vidros da varanda. Depois disso, durante o período de contemplação e reflexões, acompanhando o voo cego das folhas secas, inspiração para um breve haicai:

com desapego
se lançam no espaço
as folhas secas

Eduardo Leal
Fotos de Eduardo Leal

Registro de temperatura

Rua e calçadas secas

Quadrante sudeste antes

Quadrante sudeste depois

Ao sul do céu antes

Ao sul do céu depois

Quadrante sudoeste antes

Quadrante sudoeste depois

Bem-te-vi na TV

Gato caçador

Folhas secas

Percepção 36 – Manhã de 10/04/2013

O dia amanheceu novamente com o céu carregado de nuvens cinzentas, mas com as ruas e calçadas sequinhas. Sem chuva durante a madrugada. A paisagem foi mudando aos poucos nas primeiras horas de claridade. Inicialmente céu completamente nublado no quadrante sudeste e com trechos de céu azul começando a aparecer nos quadrantes sul e sudoeste. O vento moderado de sudoeste foi limpando o céu progressivamente e reduzindo a cobertura de nuvens baixas. Temperatura de 25,4C, às seis e trinta e seis dessa vigésima segunda manhã de outono.

A passarada esteve muito animada trazendo seus vários cantos e trinados aos primeiros raios de sol acima das nuvens. Grupos de cambaxirras e de andorinhas se encarregaram de organizar sua algazarra matinal. E o canto estridente do meu amigo bem-te-vi, sempre o primeiro, anunciou o novo dia. Sua aproximação curiosa permitiu vários cliques. Primeiro, no alto do pinheiro, e depois, nas folhas do coqueiro e no poste da pracinha. Dessa vez, vi quando ele hesitou e pousou no parapeito da varanda do andar de baixo, ao invés da minha.

Na meditação de hoje, de olhos abertos, olhar suave na paisagem mutante, vista através dos vidros da varanda. Depois disso, durante o período de contemplação e reflexões, ouvindo o canto do bem-te-vi, inspiração para um breve haicai:

performático,
o canto do bem-te-vi
é lusófono…

Eduardo Leal
Fotos de Eduardo Leal

Registro de temperatura

Rua e calçadas

Rua e calçadas 2

Quadrante sudeste

Ao sul do céu

Quadrante sudoeste

Camadas de nuvens

Bem-te-vi no pinheiro

Bem-te-vi no coqueiro

Bem-te-vi no poste

Percepção 34 – Manhã de 08/04/2013

O dia amanheceu com céu claro e poucas nuvens. Folhas secas das árvores da pracinha caíram na rua e nas calçadas conferindo um leve tom outonal à cena urbana. A paisagem foi mudando aos poucos nas primeiras horas de claridade. Inicialmente céu parcialmente nublado no quadrante sudeste e bem mais limpo nos quadrantes sul e sudoeste. O vento fraco de sudoeste foi limpando o céu progressivamente e trazendo um azul sem nuvens por todos os lados. Temperatura de 24,7C, às seis e dezessete dessa vigésima manhã de outono.

A passarada esteve animada trazendo seus vários cantos e trinados aos primeiros raios de sol, com dois bem-te-vis se destacando com seu canto estridente a partir da antena de TV.

O entregador de jornais já fez sua entrega e manchetes sempre preocupantes e sensacionalistas aguardam pelo meu corte implacável. Risco de racionamento de energia? Pode ser… Dieta de notícia neles. Só bem-tudo-vejo aquilo que me interessa de verdade.

Na meditação de hoje, de olhos abertos, olhar suave na paisagem mutante, vista através dos vidros da varanda. Depois disso, durante o período de contemplação e reflexões, ouvindo o canto do bem-te-vi, inspiração para um breve haicai:

bem-te-vi alheio
às notícias do jornal
só bem-tudo-vê…

Eduardo Leal
Fotos de Eduardo Leal

Registro de temperatura

Rua e calçadas sequinhas

Folhas secas

Quadrante sudeste

Ao sul do céu

Quadrante sudoeste

Bem-te-vis na TV

Jornais do dia

Manchetes do jornal

Percepção 32 – Manhã de 06/04/2013

O dia amanheceu parcialmente nublado e com as ruas e calçadas molhadas. Algumas poças d´água persistiam apesar da chuva ter parado há muito tempo, durante a madrugada. A paisagem mudou várias vezes nas primeiras horas de claridade. Inicialmente nebulosidade moderada nos quadrantes sudeste e sul e nuvens mais carregadas no quadrante sudoeste. Mas o vento forte de sudoeste foi limpando o céu progressivamente e as nuvens cinzentas foram substituídas por nuvens cor de rosa e brancas, de todos os tipos e em vários níveis de altitude. Temperatura de 25,6C, às cinco e cinquenta e cinco dessa décima oitava manhã de outono.

A passarada esteve muito animada trazendo seus vários cantos e trinados aos primeiros raios de sol, aqui e acolá, por entre as folhagens e nos telhados da vizinhança. Meu amigo bem-te-vi se aproximou bastante e foi clicado no galho mais alto da amendoeira. Azulões e cambaxirras disputaram espaço e se alternaram nas folhagens do coqueiro.

Um cão e seu dono fizeram brincadeiras com uma bolinha, que era lançada e alegremente trazida de volta, recuperada do meio das folhagens da pracinha. Tanto um quanto o outro aproveitaram a manhã para dedicar toda a atenção que podiam um ao outro e àquela atividade.

Na meditação de hoje, de olhos abertos, olhar suave na paisagem mutante, vista através dos vidros da varanda. Depois disso, durante o período de contemplação e reflexões com a leitura de “Zen no trabalho”, alguns parágrafos chamaram minha atenção: “Quando tratamos alguém com indiferença, achamos que já sabemos tudo o que temos de saber sobre ele, que não há nada novo, que não é mais necessário lhe dar muita atenção… Começamos a tratar as coisas e pessoas com indiferença quando nós mesmos nos tratamos com indiferença.”

Inspiração para um breve haicai:

indiferença…
morremos por dentro… ah!
nada de novo…

Eduardo Leal
Fotos de Eduardo Leal

Registro de temperatura

Rua  e calçadas molhadas

Quadrante sudeste 1

Quadrante sudeste 2

Quadrante sudeste 3

Ao sul do céu 1

Ao sul do céu 2

Ao sul do céu 3

Ao sul do céu 4

Quadrante sudoeste 1

Quadrante sudoeste 2

Quadrante sudoeste 3

Quadrante sudoeste 4

Nuvens de altitude 1

Nuvens de altitude 2

Bem-te-vi na amendoeira 1

Bem-te-vi na amendoeira 2

Cadê a bolinha?

Percepção 24 – Manhã de 29/03/2013

O dia amanheceu novamente completamente nublado e com as ruas e calçadas molhadas. A chuva leve que caiu no final da noite se estendeu pela madrugada. Muitas poças d´água refletiam trechos de céu azul e as folhagens da pracinha. A paisagem era a mesma tanto no quadrante sudeste quanto no sudoeste, passando pelo sul. Céu cinzento e vento fraco do quadrante sudoeste. Temperatura de 22,9C, às seis e cinquenta e cinco dessa décima manhã de outono.

Cerca de uma hora depois, a nebulosidade se dissipou e o céu mostrou trechos de azul profundo, indicando um prognóstico de bom tempo ao longo do dia. Observei atentamente quando os primeiros raios de sol iluminaram as copas das árvores, fazendo a paisagem cinzenta explodir em verde clorofila. Meu coração agradecido pulsou sorridente.

A passarada esteve discreta neste início de manhã. Alguns cantos e trinados, aqui e acolá, por entre as folhagens e nos telhados da vizinhança. Meu amigo bem-te-vi se apresentou mais tarde e trouxe consigo um bando de amigos. Apreciou a paisagem do galho mais alto da mangueira, como costuma fazer quase todos os dias, antes de esvoaçar por sobre o seu território. Seu canto estridente sempre me inspira:

quebra o silêncio
o canto do bem-te-vi
manhã de outono

Vários pássaros caminharam tranquilamente pelo chão da pracinha, ruas e calçadas das redondezas, em busca de pequenos insetos. A rolinha, do seu observatório na luminária, planejou cuidadosamente seus movimentos, antes de alçar novos voos.

Na meditação de hoje, de olhos abertos, olhar suave na paisagem vista através dos vidros da varanda. Depois disso, durante o período de contemplação e reflexões, um cão em particular chamou minha atenção. Parecia estar só, sem seu dono, e perambulou pelas ruas e calçadas molhadas. Seu pelo castanho fazia um belo contraste contra o asfalto, quando visto daqui de cima. Alheio ao calendário e do feriado da Semana Santa, vivia o seu dia de cão… Inspiração para um breve haicai:

são só o que são
sexta-feira da paixão
um dia de cão

Eduardo Leal
Fotos de Eduardo Leal
Vídeo: O canto e o comportamento do bem-te-vi

Registro de temperatura

Ruas e calçadas molhadas

Poças d´água

Reflexos na poça d´água

Quadrante sudeste

Ao sul do céu

Quadrante sudoeste

Nuvens brancas e céu azul

Raios de sol na folhagem

Bem-te-vi na mangueira

Rolinha na luminária.

Em busca de água e comida

Percepção 22 – Manhã de 28/03/2013

O dia amanheceu parcialmente nublado e com as ruas e calçadas molhadas. A chuva leve que caiu no final da noite se estendeu pela madrugada. Muitas poças d´água refletem trechos de céu azul e as folhagens da pracinha. A paisagem é a mesma tanto no quadrante sudeste quanto no sudoeste, passando pelo sul. Céu azul com algumas nuvens e vento forte do quadrante sudoeste. Temperatura de 23,7C, às sete horas dessa nona manhã de outono.

A passarada, com as rajadas de vento que agitam as copas das árvores, mais preocupada em manter seu equilíbrio entre as folhagens em movimento, está mais silenciosa nesta manhã. Cantos e trinados discretos. Meu amigo bem-te-vi foi para outra freguesia e ouço seu canto muito distante em algum telhado da vizinhança.

Protegidas do vento, junto comigo, as plantas observam a pracinha vazia e seu próprio reflexo nos vidros da varanda. Com as nuvens de chuva sendo levadas pra longe, parece que, finalmente, vamos poder aproveitar um dia típico de outono. A conferir o desenrolar da meteorologia, nas próximas horas.

Na meditação de hoje, de olhos abertos, olhar suave nos reflexos dos vasos de plantas nos vidros da varanda. Da leitura e reflexões de “Zen no trabalho”, inspiração para um breve haicai:

maior motivo,
nosso maior desejo…
a completude!

Eduardo Leal
Fotos de Eduardo Leal

Registro de temperatura

Ruas e calçadas molhadas

Quadrante sudeste

Ao sul do céu

Quadrante sudoeste

Através dos vidros da varanda

Percepção 20 – Manhã de 26/03/2013

O dia amanheceu nublado, mas as ruas e calçadas estavam secas. Sem chuva nessa madrugada. A paisagem é a mesma tanto no quadrante sudeste quanto no sudoeste, passando pelo sul. Céu carregado de nuvens e quase nenhuma brisa. Mas podemos ver pequenos trechos de céu azul por trás da grossa camada de nebulosidade. Temperatura de 24,8C, às seis e quarenta e quatro dessa sétima manhã de outono.

A passarada, a exemplo das últimas manhãs, esteve muito discreta. Cantos e trinados distantes, dos telhados da vizinhança. Ouvi meu amigo bem-te-vi à distância.

Ninguém na pracinha para observar a orquídea solitária, enquanto um pequeno helicóptero cruzou o céu de leste a oeste, provavelmente sobrevoando a orla marítima em direção ao Recreio dos Bandeirantes…

Diversos lápis de cor ao lado da janela do quarto da minha filha esperaram em vão por alguém que os utilizasse para escrever alguma mensagem importante… Uma carta de amor? Um desenho colorido?

Na meditação de hoje, de olhos abertos, olhar suave nos reflexos da varanda no vidro da porta da sala. Nas reflexões da manhã vieram à lembrança os versos de um haicai postado no ano passado, na Garrafa 336, em outro Blog:

flores no jarro,
arrancadas da terra!
saudades do campo…

Eduardo Leal
Fotos de Eduardo Leal

Registro de temperatura

Quadrante sudeste

Ao sul do céu

Quadrante sudoeste

Orquídea solitária

Sobrevoo de helicóptero

Lapis coloridos

Reflexos da varanda

Percepção 11 – Manhã de 17/03/2013

Depois de três dias seguidos de chuva durante a madrugada, o dia amanheceu com as ruas e calçadas sequinhas. Sinal de noite seca e quente, típica do verão do Rio de Janeiro. Grandes coberturas de nuvens são avistadas tanto no quadrante sudeste quanto no sudoeste. Só o sul apresenta algo de céu azul, com um tapete de nuvens de algodão. Prenúncio de um dia abafado e com grande nebulosidade. Temperatura de 26C, às seis e cinquenta e dois da manhã.

Aparentemente, uma pequena multidão de guarda-chuvas que mantemos de prontidão na varanda, para pronto uso, permanecerá sem serventia, nessa manhã. Pensei comigo mesmo:

um guarda-chuva
aguarda a chuva… ah!
quem sabe quando?

A passarada aproveita a brisa da manhã, filtrada por entre os galhos e folhagens das árvores da pracinha e celebra a vida com seu canto. Meu amigo bem-te-vi me apresenta suas boas-vindas e retribuo com um olhar curioso. Onde estará exatamente que não o vejo?

A varanda está enfeitada com flores e acessórios que ficaram da festa de aniversário de minha filha mais nova, no dia de ontem. Um conjunto de lanternas japonesas desmontadas, esquecido no chão de cerâmica, se presta a um arranjo abstrato. Satisfeito com minhas experiências com a geometria, as formas e as cores, disse pra mim mesmo:

sobras da festa
círculos concêntricos
são só lanternas…

Enquanto isso, mãe e filhas correram atrás de uma bola colorida, ao lado dos círculos concêntricos do jardim…

Na meditação de hoje, de olhos abertos, olhar suave nas folhagens do jardim. Interrompi minhas reflexões, durante a leitura dos escritos do mestre Dogen, com uma pergunta vinda de algum cômodo da casa: Mozinho, vamos tomar nosso café?

Eduardo leal
Fotos de Eduardo leal

Registro de temperatura

Quadrante sudeste

Quadrante sudoeste

Ao sul do céu

Aguardando a chuva

Círculos concêntricos

Mãe e filhas, no jardim