O dia amanheceu parcialmente nublado e com as ruas e calçadas ainda molhadas pelas chuvas que caíram na noite de ontem. Não choveu de madrugada, mas algumas poças d´água ainda persistem. As luzes da pracinha ainda estavam acesas um pouco antes das seis da manhã. A paisagem era a mesma tanto no quadrante sudeste quanto no sudoeste, passando pelo sul. Céu parcialmente encoberto na direção do mar, em todo o horizonte, e vento fraco do quadrante sudoeste. Nuves cor de rosa faziam um belo contraste com o azul do céu. Prenúncio de um dia de bom tempo. Temperatura de 24,5C, às cinco e cinquenta e quatro dessa décima sexta manhã de outono.
Bandos de aves aquáticas e grupos de andorinhas voltaram a cruzar o céu desde as primeiras horas da manhã e os dois ônibus escolares já passaram para buscar suas crianças sonolentas.
A passarada deu as boas vindas aos trechos de céu claro e aos primeiros raios de sol. Vários cantos e trinados, aqui e acolá, por entre as folhagens e nos telhados da vizinhança, com destaque para meu amigo bem-te-vi que foi o primeiro a se manifestar. Apresentei as minhas boas-vindas quando ele pousou em uma antena de TV. Bom dia!
Na meditação de hoje, de olhos abertos, olhar suave na paisagem mutante, vista através dos vidros da varanda. Depois disso, durante o período de contemplação e reflexões com a leitura de “Zen no trabalho”, alguns parágrafos chamaram minha atenção. “A vida deve ser como um rio que jamais se separa da fonte. Se o rio se separa da fonte, não há mais rio, pois a fonte não é uma coisa estática. A fonte é o próprio fluxo. Se um rio ou um lago esquece a sua fonte, fica estagnado e seca.”
Inspiração para um breve haicai:
estado de fluxo
na nascente do rio…
fonte de vida!
Eduardo Leal
Fotos de Eduardo Leal